sábado, março 17, 2007

Os dias De hoje......

> >Autor do texto - João Pereira Coutinho, jornalista>>>>
Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta
não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas
proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas.
Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa
ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê.
Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e dafortuna familiar.
Hoje, não.A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe:jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis.
E um exército de professores explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.
Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente mas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito.
É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho,o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho,os restaurantes de sonho. Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac.
É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos.
Quanto mais queremos, mais desesperamos.
A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade.
O que não deixa de ser uma lástima.
Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne,saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!


"Este texto foi-me enviado por email, não resiti a coloca-lo aqui."

quinta-feira, março 15, 2007

Parabéns Beatriz!!!
Beijocas!!

terça-feira, março 13, 2007

Parabéns Cristina!
"Contra Capa"Beijocas